fotografia: arquivo pessoal - Manel 20-Junho-2011
Ver o meu filho dormir é das coisas mais tranquilas que posso fazer. Dá-me uma sensação de paz, uma leveza na alma. Desperta-me os sentidos. Penso na minha vida antes dele nascer, em como a minha vida mudou depois de o ter, sinto uma alegria enorme, um amor desmedido, uma vontade de abraçar a vida e agradecer-lhe sempre por mo ter oferecido. Desassossega-me o coração. Que lhe aconteça alguma coisa de mal, que alguém mo roube, que caia, se magoe ou que não consiga descodificar o que quer. Tenho medo de não ser a melhor mãe possivel, de não responder convenientemente aos apelos e às suas necessidades mas, sobretudo tenho um medo enorme, terrível de o perder.
Nunca, nunca uma mãe deveria ver partir os seus filhos. É contra-natura e deve ser uma dor tremenda e uma ferida que sangra para não mais parar.
Culpem a fama, o carro, o cinto, a velocidade, a juventude. Culpem o que quiserem. A vida, a sorte ou o destino. Mas, não tirem nunca um filho a uma mãe.
10 comentários:
Nem quero imaginar uma coisa dessas. Há uns anos um rapaz aqui de Santiago, com cerca de 18 anos, perdeu a vida tb num acidente de carro. Ainda por cima saiu de casa a meio da noite, sem dizer nada e quando telefonaram à mãe a dizer o que se passara ele pensava que ele estava a dormir. Nunca vi alguém tão aflito, tão desesperado com o sofrimento. É algo que nunca deveria acontecer a ninguém...e depois ainda me falam em Deus e em fé?? Isso é outro assunto, mas estas situações deixam-se com uma grande mágoa e revolta. bj
Sim Tanita, tens razão. Tenho pensado no mesmo e lembro-me da morte do Angélico e de tantas outras mortes de jovens nas estradas por excesso de velocidade, por álcool a mais no sangue, por estupidez ou até mesmo por não terem feito nada de mal mas que se tornaram vítimas dos erros dos outros. Seja como for, a mãe perdeu o seu filho e é nestas alturas que penso que o facto de eu estar desempregada sem direito ao subsídio de desemprego e sem saber como pagar contas não é nada comparado ao facto de uma mãe perder o seu filho, seja por morte ou por desaparecimento. E apesar dos contratempos da minha vida, eu agradeço a Deus a sorte de estar tudo, mais ou menos, bem com a minha família.
Nem posso imaginar o sofrimento daquela mãe. Deus dá e Deus tira a vida, é o que dizem, e...parece que é verdade.
Não era uma fã do Angélico, mas a morte dele mexeu comigo. Faz-nos ver como na vida nada é seguro, só temos este momento como garantido, o que vem a seguir ninguém sabe. E isso assusta-me...
Rita,
O meu amigo Rodrigo de que te falei era amigo desse rapaz, ainda me lembro dessa história. Pobre mãe.
Cuca,
temos de agradecer mais vezes e deixar de criticar e lamentar tanto, haja vida e saude e tudo se vai resolvendo, certo?
Alice,
Eu também não era fã mas, só consigo pensar na mãe e na familia de muitos Angélicos que estão neste momento a sofrer, seja qual for a causa da perda dos filhos.
Bj**a todas.
Tanita, perder uma mãe é difícil e sei-o bem! Mas se perdesse o F. acho que preferia morrer e ir com ele... porque todo o meu mundo se iria desmoronar...
E adorei este teu post!! Lindo e saído do fundo do coração de uma mãe!
Naná,
Uma perda é sempre dolerosa, eu felizmente ainda não perdi assim ninguém tão chegado, mas um filho? quem deveria perder? eu também preferia morrer.
Bj**
Amei o texto Tanita, mesmo! Apesar de se referir a algo mau, vê.se que são palavras de uma mãe, pois só uma mãe fala assim.
E eu subscrevo e sublinho tudo o que disseste! Não imagino a dor que é perder um filho nem quero imaginar! Não seria nada sem a minha princesa e tenho tanto, mas tanto medo de a perder :( mas faço por não pensar muito nisso! :/
O meu tio morreu com 27 anos, com um tumor. Bem vi o que a minha avó sofreu com a perda do seu filho.. :(
Que foto mimosa, oh! :)
Essa é, realmente, a questão principal.
Sara,
Agora sabes bem dar o valor,certo?
A Minha Essência,
adoro vê-lo com as pernocas à mostra
S*
é mesmo...
Bj**
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