dezembro 18, 2014

12

Sobrevivemos. 12 dias sozinhos.
Levantar às 6.30h, usar a hora de almoço para fazer mil coisas, entre elas, ir a casa e dar um jeito nas coisas, pôr máquinas a lavar, estender/recolher roupa, aspirar o chão, lavar, adiantar jantar ou simplesmente ir ao super mercado, sem ter 2 melguinhas atrás. Aproveitar as 2h de aleitamento para fazer mais umas quantas coisas e ainda os ir buscar cedo, como qualquer pai deveria fazer. Todos os dias. Parte-me o coração ver aqueles meninos imensas horas no colégio. São os primeiros a chegar e os últimos a ir embora. Estão bem tratados, têm mimos e carinho, mas não é a mesma coisa. Imagino esses pais. Se a mim me custa e saio directo muitas vezes do trabalho para o colégio, e vou com eles a reboque para o supermercado ou ainda vamos ao parque, andar de carrossel ou lanchar ao NATA muitas vezes o meu filho diz-me que cheguei cedo demais, que ainda não brincou o suficiente?!

Sobrevivemos. 12 dias sozinhos.
Com muitas saudades e o peso da horrível distância.
O skype, o viber e os telefonemas atenuam a falta, mas volto a repetir-me, não é a mesma coisa.
Houve uma noite que ele acordou a chorar, queria o pai, tinha saudades.
Imagino aqueles meninos que têm isto como rotina. Se bem que estão habituados. Mas, não será fácil, para quem vai e para as mães, que ficam. Gerir tudo isto, é complicado. E só agora dou o devido valor.

Sobrevivemos. 12 dias sozinhos.
Sem ajudas. Os 3 entregues a nós e às nossas rotinas. Certas, pois só assim funciono e só assim não nos atrasamos de manhã.
Sem birras. Sem desafios. Tudo tranquilo.

Sobrevivemos. 12 dias sozinhos.
E na Terça-feira, o re-encontro foi fantástico. A felicidade dele e o ar surpresa dela, como quem és tu? onde vieste? para onde foste?
E eu, nem sabia o quanto podia ter saudades. Porque estar fora, aqui ao lado a 60Km é uma coisa, num outro continente é outra!