novembro 29, 2014

Sabem aqueles blogues de mães, aquelas que mesmo com muitos filhos, estão sempre lindas, frescas e maquilhadas às 9 da manhã?
Eu gostava mesmo que essas mães me dissessem o segredo. O segredo para estarem todos despachados e às 9 da manhã prontos a sair de casa. Elas lindas, frescas e maquilhadas e os filhos de golinhas, mesmo ao fim-de-semana, com meias pelo joelho, mesmo que esteja um frio de rachar e na rua, todos. E elas, lindas, frescas e maquilhadas.

Porque eu mesmo com a ajuda do pai das crianças, que dá banho, veste, dá comida e ainda faz as camas, nunca mas nunca conseguimos sair de casa sem... perder quase toda a manhã! e só são dois. E eu não saio linda, nem fresca, nem maquilhada!

Hoje tentei, juro que tentei. Mesmo sozinha decidi que iríamos sair e aproveitar a manhã. Decidi que ia deixar as camas por fazer porque aquelas mães que vos falei, também saiem de casa com a cama feita e bem esticadinha, ou então não se deitam nela, às 9 da manhã.
Levantei-me às 8h tomei um banho de 5 minutos, vesti umas calças de ganga, uma camisola castanha, apanhei o cabelo e não me maquilhei, vesti a miúda, dei leite. O mais velho acordou às 9 (hora que devia estar a sair de casa), tomou pequeno-almoço, entre o ficar hipnotizado com os desenhos e a caneca cheia de leite, um raspanete "ou comes ou desligo a tv", um ficar hipnotizado com o raio de sol que entra pela janela e uma mini dentada nos queques que fizemos no dia anterior. Vesti-o, depois de beber o leite e rejeitar o queque, lavei-lhe cara, dentes e as botas? Manel onde puseste as botas? espera a Luisinha tem cocó. Mudo fralda e limpo toda quase até ao pescoço, volto a vestir os collants, as calças e as botas. E as tuas Manel onde estão? descobrimos as botas, ele calçou-se e eu fui vestir o casaco à Luisinha, que já estava no quarto a desarrumar tudo e a resgatei do meio dos brinquedos. Põe gorro, ela tira gorro, põe gorro e ela tira gorro. Não, não!  ri-se descarada e eu volto a pôr gorro, cachecol e visto-lhe o casaco parece um boneco insuflado com tanta roupa. 
E tu Manel? porque é que ainda não vestiste o casaco? vou buscar casaco, visto-lhe e ela tira o gorro. Ponho-lhe gorro e levo-a para a sala. Arrumo o biberon e o leite na mala e fraldas? duas chegam não vou demorar. Chego à sala e  ela descalçou as botas, tirou o gorro e está a bater com o comando no ecrã da televisão e o Manel? Manel anda lá, como se tivesses colégio e estivéssemos atrasados! Mãe mas hoje não há escola... ok, respira, inspira... conta até 10. Mãe quero fazer cocó. ok, respira, inspira. Calço-lhe  as botas, ponho-lhe gorro  Manel já estás despachado? apaga a tv sff. Mala, saco da Luisinha, manta que deve estar frio e chaves. E a Luisa? vou buscá-la ao chão da sala e já não tem gorro, eu ponho-lhe o gorro, espera falta o meu casaco, visto-o, pego nela, na manta, nas malas e nas chaves. Manel chama o elevador sff. Entro no elevador. Põe um no carro e o outro a seguir. Sento-me, abro o portão da garagem e são 10.25h e arrependo-me de ter saído, já estou tão cansada que só me apetece ter ficado em casa, todos de pijama, na sala, sem gorro, sem casacos e com as camas feitas.

Mas está um sol maravilhoso e aquece-me a cara. Sorrio. Respiro fundo, olho-me ao espelho enquanto o portão da rua abre e não estou linda, nem fresca, nem maquilhada!


novembro 26, 2014

Há males que vêm por bem.

É o que se costuma dizer por aí.
Numa chamada de atenção ou num abrir de olhos, fui levada a ver as coisas por outro prisma. A minha veia negativa, levou-me a fazer o pior cenário e no final descobrir que talvez seja esse o motivo/razão que preciso para fazer uma grande mudança. A qual anseio e sei que preciso. A qual ando a adiar há imenso tempo anos e que ainda não tive coragem para.

Pelo caminho desiludi-me com algumas pessoas. As quais sempre defendi e disse serem as melhores, nada que não se supere. Para mim morreram. Sou drástica e radical, eu sei, mas ao esmagarem-me devagarinho vou aguentando, mas quando estou no chão e me pisam e se isso ainda implica mexer na vida dos meus filhos, não há perdão possível.
Continuo a falar-lhes porque assim o dever me obriga, mas só isso. Não há mais confiança, conversa de circusntância ou partilha de algo que seja pessoal. O dever obriga-me à boa educação forçada confesso, à conversa única e exclusivamente que não possa ser evitada.
Não dou graxa, não imploro, nem sou a coitadinha. Sei os meus pontos frascos, mas também sei onde sou boa. Não aceito que me desvalorizem ou me quieram por menos.

Só não há solução para a morte, tudo o resto se resolve. Sozinho, com ajuda ou com uma energia divina. Tudo, tudo se resolve.

Por isso e por enquanto decidi esperar. Apesar de estar nervosa, de fazer contas à vida e de desejar só para mim uma mudança, há tanto que está em causa, mas não tenho medo do futuro, da incerteza.

A mim metem-me medo as pessoas de carapuça, os sentimentos negativos, as meias palavras e o "não é para te preocupar mas...", a insensibilidade, o cinismo, a imparcialidade, a injustiça.

Vale o que vale, mas acredito que a Vida é justa. Mais tarde ou mais cedo és sempre recompensado com o que fazes, seja bom ou mau. E sei que a Vida, tem sempre uma porta aberta, para quem a quer viver com amor, transparência e garra.

O futuro somos nós que o fazemos. O meu está nas minhas mãos, ou não neste momento, mas as decisões são minhas e a determinação também!

novembro 18, 2014

Prematuros

Ontem foi o dia dos bebés prematuros. Eu fui um. 22 semanas. Há 34 anos. Cresci a ouvir a minha mãe a contar como eu era, sem cabelo, sem unhas, com os olhos fechados, a imagem mais parecida com um coelho esfolado no talho. A minha madrinha que me fez o casaco numa tarde, porque no dia que saí do hospital, 3 meses depois de ter nascido, com 1.320Kg, não tinha roupa que me servisse e à saída da MAC, a primeira loja de brinquedos (lembram-se que antigamente haviam destas lojas? agora passou tudo para grandes espaços e a magia já não existe, pelo menos como me lembro) que encontraram, entraram e foi aí que me compraram a roupa para os meses seguintes.

Ainda temos uma camisola mínima de boneca e o casaco, feito pela minha madrinha, cor-de-rosa, que segundo elas me estava enorme.
Sobrevivi. Com todos os cuidados possiveis que existiam há 34 anos atrás. Segundo os meus pais, os melhores, na MAC. Com pessoas tão cuidadosas, quase tão cuidadosas quanto eles.

Cresci a ouvir a minha mãe dizer que teve medo. Muito medo, quando em Fevereiro lhe disseram que eu ia para casa. Pouco mais de um quilo e agora? "agora você cuidará melhor dela do que nós, será uma mãe só para ela, aqui somos uma para muitos"

Aquecedor ligado 24h, luz de presença e uma gaveta. Sim a minha primeira cama foi uma gaveta, porque a outra, a verdadeira de grades, parecia um oceano.
Não me vestia, apenas fralda e muito amor. Penso que foi assim que sobrevivi.
Um espelho para ver se estava viva. Se embaciava, perfeito. Não chorava a um som audível. Por isso, recorram a métodos simples.

Fui vigiada na Estefânia até fazer 5 anos. Ainda me lembro de algumas consultas e de um brinquedo que a doutora me deu. Assim aqueles em plástico grosso, com argolas para enfiar na cabeça do boneco, lembram-se? Ainda existe, lá para casa dos meus pais.

Único defeito de fabrico a minha visão do lado esquerdo. Só vejo 30%, o músculo não cresceu, não teve tempo. O meu oftalmologista adora e quando lá vou, chama sempre um colega, porque diz, é o típico dos prematuros. Nada a fazer. nem óculos, lentes ou operação. Não desenvolveu. O olho direito compensa, é neutro.

E aqui estou eu, 34 anos depois. Sobrevivi e à conta disto desculpo a minha teimosia. Sou teimosa, venci e aqui estou. E não me passou, a teimosia, a determinação e casmurrice :)

Por isso, a todos os pais de prematuros, o meu especial carinho. Não vos sei dar o devido valor mas, sei que não é tarefa fácil. Confiem em quem cuida deles e na força que os pequeninos têm. Muitos mais que se imagina. E acreditem, sempre. Nunca desistam de acreditar.

novembro 17, 2014

o Sô Doutor

O sô doutor, gerente do banco, que adora fazer visitas inesperadas, na hora de almoço e que vem papar um almocinho à conta do gerente da minha empresa, de fato impecavelmente passado pela 5 à sec e camisa lilás imaculada, com o vinco direitíssimo feito pela sopeira lá de casa, de gravata rosa a fazer pendant, com ar emperuado e crista de galo, vai à casa de banho e deixa a sanita suja, de tampo levantado e esqueceu-se de puxar o autoclismo! com sorte fez umas pinguinhas para o chão.
Ai diz-me como te vestes e mostra-me o que fazes nas coisas mais simples, e eu digo-te como és.

Haja paciência para tanta cangança e nenhuma educação. Civismo, vá!

novembro 14, 2014

Podemos riscar uma semana do mapa?


Esta semana não tem sido nada fácil. A minha casa parece um poço de virús. Arejo a casa, limpo e mesmo assim, continuamos doentes.

O Manel continua com alguns sintomas da virose, tal como pediatra mandou está de dieta e a beber soro oral. Já não tem vómitos mas de vez em quando ainda diarreia.
A Lusinha cheia de tosse, soro e mais soro e nada mais. Pediatra diz que a tosse é um mecanismo de defesa e que aos bebés e crianças não se dá rigorosamente nada, a não ser que seja mais que tosse, claro.
Eu, já não bastava a dor de garganta, a de ouvidos e agora a tosse. Nada me faz efeito, nem medicamentos, nem chá de limão com gengibre e muito mel, nada. Hoje vou à minha médica. Espero que me receite algo eficaz para passar este sintomas de vez.

Ainda bem que o fim-de-semana está aí para ficarmos em casa sossegados e ver se nos pomos bem de uma vez.
Não em lembro de estar assim tantos dias doente, nem de estarmos todos ao mesmo tempo.
Espero que a semana que venha estejamos todos curados, porque isto desgasta. Estou meio morta-viva.

novembro 11, 2014

- Mãe, se eu não tivesse um mano ou uma mana, eu não era assim tão feliz.

diz-me isto enquando abraça a mana e lhe dá um beijo. fico emocionada e só me apetece abraçá-lo, abraçá-los, sempre e não deixar que o tempo passe...
Hoje os miúdos já foram para a escola. Até agora não me ligaram. O que é bom sinal. Tivesse eu estado sossegadinha e a descansar e ontem, teria sido a desculpa ideal para um fim-de-semana prolongado. Ao contrário disso, um doente mas cheio de energia (quem o visse parecia que tinha inventado o ataque de vomitar) não parou um segundo, a outra gatinha tão rápido e faz tanta asneira que, nem deu para dormitar de tarde.
Cheguei à noite exausta, esbaforida e a pensar que um dia normal de trabalho cansa menos.
Eram 21h e estávamos todos deitados, não fosse a tosse da minha filha e a chucha a saltar-lhe da boca e teria dormido quase 9h que seria um mimo.
Não fosse esta dor de garganta e já quase ouvidos e estava aqui fresca que nem uma alface.
Hoje trouxe comigo o cêgripe, as euphon, o UL250 e carradas de lenços de papel, porque uma mãe não pode ficar doente.
Não fosse o camião me ter passado por cima e estaria perfeita. Mas isto, agora não interessa nada.


(a todas as mensagens de melhoras, o meu muito obrigada.)

novembro 10, 2014

São 4.30 da manhã e eu ando a saltitar do quarto para a sala. Tenho os dois cheios de tosse. Uma tosse e perde a chucha. Choraminga e lá vou eu. Ponho a chucha volto para a sala. O outro dormiu comigo e acordou-me à meia hora: "mãe vomitei ", por centímetros não para cima de mim. Cheio de sono ele e eu, despi-o tirei lençol de baixo limpei colchão, pus uma toalha e o lençol de cima passou para baixo. Tapei-nos  só com a manta. Tosse ela perde a chucha, choraminga. Deito-me. 2 minutos depois :" dói -me a barriga" e vomita de novo.  Vou para a casa de banho, vomita na sanita, trago-o para a sala para não acordar a irmã, faço chá e penso que também preciso de um. Chego à sala, está ferrado a dormir. Sento-me. A outra tosse perde a  chucha, choraminga. Corro para o quarto e a chucha está onde?? Não encontro vou buscar outra e ela a choramingar. Ponho a chucha, venho para a sala, tapo-me e perdi o sono. Estou exausta, porque estou a ficar doente. Entre correr de um lado para o outro tomo uma euphon. Estou descalça. Tenho frio e a garganta dói mas, isso agora não interessa nada. São 4.36 e tenho medo de me deixar dormir porque posso não ouvir a que está no quarto e não perceber que este continua mal disposto. Tenho frio e a garganta dói mas, isso agora não interessa nada.

novembro 04, 2014

Bolinhas?

[ap- era uma mala pequeninia às bolinhas...]
Queria uma mala de tamanho optimo, prática e cheia de compartimentos. Uma amiga tinha uma destas e adorei. Dificil foi encontrá-la à venda. Pois, segundo me diziam assim que chegava, esgotava. Corri imensas lojas e tive de a encomendar. Veio de Sines, imaginem só :)
Mas eu sou teimosa e quando quero muito uma coisa...

Mas, não queria falar da mala em si, mas dos produtos que comprei que vinham dentro dela.
Sou fã incondicional da Aveeno Baby. Já o Manel usava e ainda usa e a Luisinha também, mas deixem-me dizer que estes não ficam nada atrás. Optima textura, bastante hidratantes e com um cheirinho maravilhoso. Apenas a apontar: o creme poderia ser um bocadinho menos gorduroso. Coisa que não acontece, na Aveeno Baby.

Esta linha de produtos Bioderma para bebé é relativamente nova, segundo me disseram, e já fizeram mais uma fã.
Agora alterno entre uns e outros e os meus babies andam sempre cheirosos.

E já agora a mala não é linda? (e melhor ainda tem um compartimento isotérmico para manter a água sempre quentinha e trazia muda fraldas. Preço? acho que cerca de 30 euritos)

Bom dia Alegria!


novembro 02, 2014

34

[ap - Maio 2014]

O melhor destes anos todos. O melhor de mim. O melhor que sei ser. 34.

novembro 01, 2014

Mexerica

 
[ap- Luisinha Nov.2014]

Bom dia Alegria!

 
Feliz Sábado!

Olá Novembro.