julho 19, 2010

Já nasceu o meu princípe!

fotografia: arquivo pessoal - 16-Julho-2010 - Manuel com 2 dias
Olá a todos os amigos: quero dizer-vos que já tenho o meu princepezinho em casa.
É lindo e morrer e nasceu na quarta-feira dia 14 de Julho de 2010 às 00h 25m no hospital HPP de Cascais, de parto normal.

Era para ter sido um parto induzido na segunda dia 12, mas com um grande susto que apanhámos na sexta anterior (depois conto o que aconteceu, não me apetece agora recordar uma coisa angustiante), o Manel resolveu subir ainda mais e a mamã veio para casa, com a indução marcada para hoje dia 19. Vim para casa desanimada e ainda com mais dores e desconforto.

Na terça-feira de manhã acordei com dores nos rins e uma espécie de prisão de ventre mas não fiz caso, pois ele viria só uma semana depois.
Prometi ao João que, lhe telefonava para ele voltar para casa, se as coisas ficassem mais sérias. Assim aconteceu: contrações de 5 em 5 minutos e às 13h30m de dia 13 Julho estávamos a dar entrada no hospital.

Depois de dar entrada na sala de partos, ser monotorizada e ter recebido a epidural o João veio para junto de mim. E ali estivemos até às 00h25m de dia 14 à espera do nosso menino.
De um parto de cesariana (já tinha a médica comigo e o B.O. a ser preparado), de se ter pensado em ventosa, eu conversei aqui com o meu filho e resolvemos que aqui dentro não entrava mais nada, só ele saíria. Tudo correu bem, sem cortes, ventosas e com apenas 2 pontos e lá veio cá para fora o meu pequenote com 2960Kg e 48,5 cm.
O papá foi um valente que, assistiu a tudo, sempre muito tranquilo a apoiar-me e a manter-me calma, a ver o Manel desde o primeiro instante e só não lhe cortou o cordão porque veio com este à volta do pescoço.
Não foi necessário aspirá-lo, nem dar-lhe oxigénio. Nasceu e chorou ao primeiro minuto (apgar 9 ao 1º min.), e abriu logo os olhos para ver o que se passava à sua volta!
Dois dias depois viemos para casa e um novo mundo abriu-se para nós. Estamos ainda a conhecer-lhe, a admirá-lo e a babar-nos com aquele ser pequenino que nos trouxe um amor tão grande e incondicional, que não se consegue medir, que dói de tão grande e que arde sem se ver.
Foi assim que recebemos o Manel na nossa vida e foi assim que ele veio preencher o espaço vazio do nosso amor, pois até aqui apenas estávamos apaixonados um pelo outro, agora temos o nosso menino que é a prova, o reforço e o aumentar da nossa felicidade e do nosso amor.
Agora deixem-me lá ir pois, vou só ali lamber a minha cria mais um bocadinho, pode ser?

julho 07, 2010

Continuamos à espera da Cegonha

fotografia: arquivo pessoal
Pelos protocolos dos hospitais (leia-se contenção de custos impostos pelo governo) como não tenho ainda 40 semanas de gestação, nem nenhum sinal de parto natural, o Manuel só pode vir cá para fora para a próxima semana, com a certeza quase absoluta que será cesariana, pois as minhas ancas são muito estreitas, o osso xpto é em concha e o cólo so útero mantem-se no mesmo sítio, no entanto fico marcada nova consulta no hospital para a próxima segunda, que será o red line aqui do meu bebé, pois se não surgir nenhum sinal antes, tem os seus dias contados na barriga da mamã. Lá terá de se habituar à ideia e vir enfrentar este calor, e tudo o que lhe espera no mundo real.
Eu, estou mais cansada do que nunca, com o Manuel bem encaixado em baixo e a fazer pressão. Confesso, que já estou mortinha para que chegue o dia D porque, isto da mobilidade reduzida, da posição correcta não existir e de passar as noites em claro, estão a deixar-me maluca, mas com muita ansiedade, porque tal como já aqui disse, um parto assim programado não estava nos meus planos. Vão então induzir, para ver se o meu filhote vem pela via normal, caso contrário partiremos para a cesariana.
Não sei se nesta altura, não preferia ter optado por o ter num hospital privado, eu sei que estou a dizer isto por estar cansada, pois a decisão de escolher um hospital público foi ponderada, pensando não na minha comodidade, mas apenas no Manuel.
Mas, com as contenções de custos, que ironicamente somos todos nós que pagamos, vamos lá sofrer um bocadinho, porque os médicos, apesar dos melhores que possam existir não podem exercer as suas funções, sem justificar à parte privada, o porquê e os motivos para as decisões, pelo que os hospitais públicos com gestão privada sejam quase todos, e um dos que escolhi para ter o meu filho... enfim, confio no meu médico e acredito que apesar deste desabafo, ele fará somente o melhor para mim e para o Manuel. A explicação para a indução faz todo o sentido, uma vez que este é o meu primeiro filho e até ver poderá vir da forma mais natural possível.
Valha a honestidade, competência e gosto à profissão que ainda muitos profissionais têm, e que com muita dificuldade a mantêm.

julho 05, 2010

Eu e a minha barriga

fotografia: arquivo pessoal - Guincho, 38 semanas de Manuel na minha barriga - 28 Jun 2010
Eu e a minha barriga, uma relação que está quase a chegar ao fim. Estes foram sem dúvida os 9 meses mais rápidos e intensos da minha vida. Nestes 9 meses, passei por emoções e experiências tão fortes que neste momento não as consigo descrever. Foi sem dúvida a primeira vez que desejei que a minha barriga crescesse rapidamente sem me importar com isso. Foi um aprender de muitas coisas, principalmente do que é ter um amor incondicional por alguém que ainda não conhecemos mas que vamos descobrindo como é a cada dia que passa.
Há uma semana que estou em casa. Deixei de trabalhar porque já estava exausta e o peso da minha adorável pança, começáva a fazer sentir-se. Depois de mais uma consulta de rotina, e do"toque" o meu médico disse-me que o Manuel já estava bem lá em baixo mas que o meu colo do útero apesar de já um pouco mole, ainda continuava muito em cima. Terça-feira passada fui ao hospital fazer CTG e nada mais nem menos que 2 "toques" bem jeitosos que me deixaram literalmente a andar de perna aberta, e com vontade de vomitar os orgãos! e? nada. Na consulta de quinta-feira: Manuel ainda mais abaixo e o dito colo do útero mais maduro que uma banana em fim de prazo e no mesmo sítio! ora boa, o puto fintou isto tudo, as contracções que tenho são para encaixá-lo (mas não percebem que ele já está lá em baixo) e não para empurrá-lo para baixo (assim falando em português que toda a gente conheçe), são já com algumas dores mas muito esporádicas.
Conclusão: amanhã nova visita ao hospital , para provavelmente o meu menino nascer, por cesariana, caso isto se mantenha tudo na mesma.
Pois não é que o dia de o abraçar e descobrir como ele é está a poucas horas de chegar? andei estes dias meia anestesiada, porque já tinha visitado o hospital e a ideia de um parto natural (com tudo a que tinha direito-leia-se epidural) estava aceite na minha cabeça, e agora assim? trocam-me os planos e como é que me mentalizo? como controlo nestas poucas horas a ansidade e todos aqueles medos que nos atacam o raciocínio de última hora? um parto +/- programado? humm... não estava nos meus planos, mas que hei-de fazer?
Tento descontraír, não pensar em coisas parvas e acordo com uma dor de barriga tal que me deixa ansiosa (tudo o que não queria) e também cheia de cãibras!
Faço o check-list na minha cabeça, vejo se tudo está preparado: mala para a maternidade, quarto impecavelmente arrumado e limpo, roupa para o papá levar para o Manel vestir no dia em que vier para casa, e a cabeça continua a mil!
Ui, ui ui que não consigo controlar o meu coração de mãe, e esconder esta inquietação de ter o meu bebé nos braços daqui a pouco tempo. Como se controla isto? alguém me sabe explicar?
Primeiro, digo eu que estou aqui na sala sozinha, devo ter que ir tentar descansar e dormir um bocadinho assim bem agarradinha ao meu marido, porque sei lá se esta não é a nossa última noite de sossego? sem o puto a berrar e a acordar para comer? estou a brincar é claro, mas a verdade é que pode ser mesmo a última noite, em que ainda somos apenas 2 cá em casa.
Amanhã? amanhã dia 5 de Julho, o dia do aniversário dos 50 anos do avô Carlos, será que o Manuel quer vir dar um presente ao avô?

Nota Muito Importante

O segundo amiguinho do mesmo ano de nascimento do Manuel, já nasceu no dia 02 de Julho, e correu tudo optimamente. O Afonso chegou dentro do prazo correcto, sem ser prematuro como estava previsto e com 3.580 Kg, cheio de cabelo e a cara chapada do pai!
Tanto ele como a mamã portaram-se lindamente e o parto foi o mais natural e rápido possível, sem epidural, soro ou muitas horas de sofrimento.
Ao Afonso, que a vida lhe sorria sempre e que seja um bebé muito feliz e cheio de saúde! Aos papás dele, os nossos Parabéns por tamanha felicidade!