setembro 07, 2009

Sei que não sou perfeita.
Admito que tenho imensos defeitos. Admito que os podia melhorar. Admito que tenho mau feitio. Admito que possa ser intolerante. Admito que podia tentar ser muito melhor. Eu admito isto tudo. Aceito (e ponto final).
Agora o que não podem dizer é que, não sou amiga, que me acho importante (isto só porque tenho uma licenciatura e porque, desculpem lá qualquer coisinha, tenho um bom emprego e ganho razoavelmente bem), que estou rica (ah ah ah que vontade de rir, sim sou uma rica pessoa, admito!) , que me acho superior, que já não ligo a ninguém (aqui o ligar deveria referir-se a não dar presentes caríssimos), que não telefono e não dou importância.
Não aceito que me digam estas coisas, não aceito mesmo!
Como disse posso ter inúmeros defeitos (se quiserem podem dizer-mos todos aqui, caso não tenham coragem de o fazer pessoalmente), mas nunca NUNCA deixei ninguém, mas ninguém mesmo sem o meu apoio, sem a minha incansável dedicação, sempre que precisem ou não de mim.
Sou amiga, muito amiga do meu amigo. Vivo com a certeza que AMIGOS nos sentido correcto da palavra tenho apenas alguns e sei com quem posso contar. Tenho muitos, muitíssimos conhecidos e todos eles (amigos ou conhecidos) sabem que "estou lá" sempre e para o que for preciso.
Só não faço o que não puder. Só não faço o que não estiver ao meu alcance. Só não faço se não me aperceber de que deveria ter feito.
Quem me conhece verdadeiramente sabe que o que digo é verdade. E não preciso justificar.
Tenho a minha consciência tranquila, sei que fiz tudo o que podia e o que estava ao meu alcance. Sei que vou viver de bem com a minha consciência e sei que não fiz mais porque não quiseram a minha ajuda. Recusaram e ainda me atiraram à cara tudo o que fiz.
Mas o que me custa e dói mas, dói mesmo, é todas estas acusações virem (de algumas pessoas)da minha familia, da minha própria familia! Acusaram-me de muitas coisas (as que escrevi em cima), desejam ver-me infeliz e disseram que esperam ver isso de camarote.
Tenho pena, muita pena dessas pessoas. São pessoas pequeninas, sem formação, sem amor e com um coração certamente distorcido da realidade. Tenho pena, muita pena por elas que, têm uma vida miserável (apesar de acharem que não), porque desejar mal a alguém não é bom nem saudável, mas desejar mal a familiares é péssimo.
Digam-me se sou eu que estou errada, por favor, alertem-me para isso.
Digam-me que a minha realidade está desfocada do que deve "ser normal", digam-me que estou louca e que estas coisas que se dizem à boca cheia são banais, digam-me por favor, digam-me que estou errada...
Tenho pena que as suas vidas sejam tão pouco preenchidas com o que realmente é importante: amor, felicidade, amizade, carinho, dedicação e união.
Tenho pena que não fiquem felizes com as conquistas e vitórias dos seus, mas sim com as derrotas.
Tenho pena por se terem tornado pessoas frias, cruéis, sem amor-próprio, sem amor pelo que não é material, sem valores e sem uma vida preenchida e feliz!
Tenho pena de que essas pessoas sejam da minha famíla, do meu sangue.
Gostava de poder escolher, mas infelizmente a famíla não se escolhe. Infelizmente a famíla é a que nos é dada. E infelizmente digo que a partir de sábado, deixei de ter para sempre, alguns elementos da minha famíla. Agora sou quase orfã. Paciência. Eu tentei. Tentei tudo o que era possível. Fiz os impossíveis. Lutei. Esforcei-me. Desgastei-me. Sofri. Gritei e esperniei. Para quê? Nada. Quem está errada sou eu e pronto. Conversa acabada. Coração dorido por algum tempo. Chorei baixinho e só para mim. Tive pesadelos e não dormi sossegada. Fiz o meu luto durante o fim-de-semana. Com o tempo sei que vai passar. Com o tempo vou esquecer todas as acusações, mas não vou perdoar. Vou seguir a minha vida. Vou vivê-la como conseguir.
Tenho quem me apoie, felizmente. Sou feliz? Sim! apesar de ter perdido algumas pessoas, de as ter enterrado (e peço desculpa pelo desabafo sincero), de sentir que tenho menos elementos daquele que devia ser o meu clã, SIM SOU MUITO FELIZ!!
Desculpem lá qualquer coisinha mas, eu tenho uma vida optima, ao lado de quem amo, com amigos fantásticos e com tudo o que sempre desejei.
Roguem-me pragas, desejem-me mal, invejem a minha vida, vão à bruxa, que eu não me importo.
Tal como a minha amiga M. me disse: "as pragas são como as procissões: voltam sempre ao sitio de onde partiram" .
Por isso, minhas queridas: cuidado com o que me desejam, sim?
E com este desabafo, fecho aqui mais um ciclo na minha vida. Tenho de admitir que perdi. Tenho de admitir que não teve o desfecho desejado. Tenho de admitir que as coisas não correram bem, pior era impossível. Vou seguir a minha vida, dar mais valor ao que tenho. Encerrar de vez este capítulo e passar ao seguinte. Lamento imenso todo o episódio deprimente mas, desculpem mais uma vez, porque eu vou continuar a ser feliz!!


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