novembro 13, 2009

Cais 24

imagem: DAQUI
Ontem fui conhecer a obra recente do arquitecto Aires Mateus, em Lisboa.
Uma das várias iniciativas no local, desta feita pela revista Máxima, aos apartamentos de luxo e de arquitectura contemporânea, em plena 24 de Julho.

Sem dúvida alguma que os apartamentos estão extrordinários. O porte do edifíco do final do século XIX, tem uma arquitectura industrial, onde a sua traça foi mantinda e onde imensas janelas de vidro, fazem com que estes sejam inundados com a luz tão bela e característica de Lisboa. Têm acabamentos óptimos, com materiais de boa qualidade e onde o bom gosto não foi esquecido. As cozinhas são lindissimas e de linhas simples, o espaço para arrumação imenso (que dá sempre jeito) e discreto, as casas-de-banho um pouco despidas e a precisar de algo mais (na minha modesta opinião).

Um dos apartamentos tem um jardim fantástico onde certamente o futuro porpietário poderá usufruir até à exaustão(caso não seja como os seus vizinhos dos lofts ao lado, que têm os terraços abandonados e sem vida).
A vista claro está, sobre a caótica 24 de Julho.

Pessoalmente, não trocaria nunca a calma e a beleza da Serra de Sintra, por uma vista sobre o trânsito e o caos da cidade.
Nunca trocaria a tranquilidade, por um local cheio de ruído e onde fosse necessário colocar tampões nos ouvidos para disfrutar de silêncio sempre que quisesse estar na varanda ou no jardim.
Nunca trocaria a segurança, por um condomínio fechado, com porteiro e câmaras de video-vigilância a registar todos os meus passos.
Esta é a minha opinião.
E o meu conceito de qualidade de vida, passa por muito mais do que um apartamento luxuoso, imensamente caro e com todas as comodidades que a tecnologia nos pode oferecer.
Eu prefiro a natureza e o silêncio. Eu escolho ouvir o ribeiro que passa atrás da minha casa, os pássaros a cantar e acordar com um cenário único de uma reserva natural e com o verde que me engole pela manhã.
Eu fiz a minha escolha e não estou nada arrpendida.

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