Sabendo que nem todos os dias são como o de hoje, "agarro" com todas as minhas forças esta última oportunidade que dei a mim mesma. Confesso, que é dificil continuar e por vezes, ao olhar para tanto papel, onde tantas coisas que lá estão, se não mesmo quase todas, me são completamente alheias nesta altura do campeonato (será isto normal?), só tenho vontade de me afogar em lágrimas! (isto para não rastar toda esta papelada!).
Mas, o fim está tão próximo, que sei que serei uma enorme BURRA (ainda maior), se desistir a uns passos tão escassos da meta!
Por isso, deixa-te lá de escrever no blog e volta ao trabalho!!!!
maio 20, 2007
maio 19, 2007
Tu
Tu nunca tiveste um minuto de trabalho.
Tu lambes a cara de desconhecidos
com a única intenção de me envergonhar.
Por vezes, tresandas como uma manta
velha, mal cheirosa e húmida.
Não és apenas daltónico,
tu nem sequer sabes distinguir
uma carpete de um sofá.
Tu finges que achas a palavra
"não" incompreensível.
Tu insistes em partilhar o teu desafinado
latido com a vizinhança inteira.
Por alguma razão, tens medo de estátuas.
As estátuas põem-te louco.
Tu não tens vergonha nenhuma.
Tu és a coisa mais perguiçosa, suja,
teimosa e presunçosa que conheci
em toda a minha vida.
Mas eu acho que és perfeito.
Pedigree
Esta é sem dúvida, das melhores declarações de amor que a Pedigree poderia fazer aos nossos melhores amigos. E eu, dedico-a ao meu Nico, que amo muito. Sim, "amo", porque há várias formas de amar, e esta é uma delas. E se não é tão bom chegar a casa e ser sempre recebido com um abanar de cauda e umas lambidelas eufóricas de quem, parece não nos ver há mais de 15 dias? é tão bom recebe-las quando se está mais triste, cansado e sem forças para nada! A ti, meu cãozinho lindo, para além dos milhares beijos que te dou (que muitas pessoas desaprovam e fazem juras de não me beijarem senão lavar a cara, e às quais eu ignoro :) )dedico-te este lindo poema, a ti e a todos os melhores amigos do mundo!
Só tenho pena que, não saibas ler...
maio 18, 2007
Euforia
cai neve no cérebro vivo do imaculado - dizem
que este milagres só são possíveis com rosas e
enganos - precisamente no segundo em que a insónia
transmuda os metais diurnos em estrume do coração
dizem também
que um duende dança na erecção do enforcado - o fulgor
dos sémenes venenosos alastra no brilho dos olhos e
um sussurro de tinta preta aflora os lábios
fere a mão de gelo que se aproxima da boca
o vómito da luz ergue-se
das palavras ditas em surdina
a seguir vem o sono
e o miraculado entra no voo dos cisnes
o dia cansa-se
na brutalidade com que a voz se atira contra as paredes
abrindo fendas
em toda a extensão das veias e dos tendões
quando desperta com o crepúsculo
o miraculado olha-nos fixamente e sorri
dá-nos uma rosa em forma de estilete - fechamos os olhos
sabendo que este é o maior engano
da eternidade.
Al-Berto
Horto de Incêndio
Quando a vida é dividida em duas...
maio 14, 2007
Lá Longe
Aos Eternos...
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